segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


CONSTRUINDO E DEFENDENDO  A  VIDA.


O  autor da criação
Foi quem formou o casal
Assim que compôs o mundo
Viu que não era legal
Deixar Adão sem mulher
Naquele belo local

Modelou uma mulher
Deu de presente a Adão
O paraíso encantou-se
Naquela ocasião
Adão com muita alegria
Livrou-se da solidão

Abençoou-os dizendo
Este aqui é seu lugar
Está completo de tudo
Vocês vão só vigiar
E usufruir de tudo
Que existe neste pomar

Andou com eles mostrando
O parque da natureza
Foi o primeiro contato
De encantadora beleza
Só Deus explicava tudo
Com segurança e firmeza

Terminando este percurso
Numa sombra se assentaram
Nesse encontro formidável
Em muitas coisas falaram
Deus impôs alguns limites
Eles com gosto aceitaram

Mas devido a tentação
Negaram a obediência
Foram ingratos a Deus
Pecaram com mais freqüência
Por isso foram punidos
E a sua descendência

Deus ficou preocupado
Olhando a população
Ficando bem numerosa
Sem  nenhuma explicação
Pensou logo e resolveu
Aquela situação

Fez um convite a Moisés
Pra fazer um treinamento
Depois de bem preparado
Avaliou seu talento
Mandou ir até o povo
Mostrar seu conhecimento

No inicio foi difícil
Pra Moisés organizar
O povo ignorante
Sem querer participar
Daqueles ensinamentos
Que ele ia ensinar

Moisés ficou estressado
De lutar orientando
Era obediente a Deus
Os mandamentos ensinando
Alguns prestavam atenção
E a maioria vaiando

Assim viveu muito tempo
Pelejando pra mudar
Aquele povo rebelde
Sem querer acreditar
No que Deus determinou
Para o mal não avançar

Moisés passou muito tempo
Ensinando os mandamentos
Uns aprendiam outros não
Porque nada é cem por centos
Morreu e deixou o povo
As margens dos sofrimentos.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

OS BRINQUEDOS DA VOVÓ

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Parei  para recordar
Quando eu era criança
Privada de brincadeiras
Mas cheia de esperança

Mesmo fugindo das ordens
Juntava vagem de pereiro
Chamava minhas galinhas
E  arrumava um galinheiro

Tinha meu curral de pedras
O gado feito de osso
Colar de carrapateira
Pendurado no pescoço

Juntava cascas de ovos
E  minha casa enfeitava
Sob uma cajaraneira
Era o local que eu brincava

Pulava corda sozinha
Parada e também correndo
Se fosse pra concorrer
Eu sempre estava vencendo

O meu cavalo de pau
Usava indo pra roça
Chapéu de palha pintado
Pés descalços e pele grossa

A boneca era um sabugo
De milho todo enfeitado
O  Nome era zefirina
Ainda lembro o batizado

Galamate  eu conheci

VAMOS VIVER CONVIVENDO COM A DISCRIMINAÇÃO


Sendo  obeso se revolta
Quando alguém fita o olhar
Se for numa festa volta
Antes dela se findar
Odeia uma balança
O que mais cresce é a pança
Parece está estufado
Come sem moderação
Na sua concepção
Se acha discriminado

O homem que é poeta
Observa pensa e cria
Qualquer assunto interpreta
Desenvolve em poesia
Uns vive a vida cantando
Outros vivem declamando
Os seus trabalhos rimados
A maioria esquece
Que o poeta merece
Nunca ser discriminado

O drogado dependente
Da paz é destruidor
Desrespeita o ambiente
As vezes causa terror
Pede, engana e mente
Assalta e mata gente
Pelo vício é dominado
Se for tratado tem jeito
Mesmo mostrando respeito
É muito discriminado

O aidético está sendo
Pela saúde atendido
Quando ele fica sabendo
Que do vírus é atingido
Entristece  e se agita
Sua mente fica aflita
Quando é examinado
O médico lhe faz feliz
Mas o povo encara e diz
Este está discriminado

Aquele que é bandido
Vive no mal apostando
Nunca se dar por vencido
Por isso vive esperando
Um golpe certeiro dar
Ao próximo prejudicar
Nunca se acha culpado
Um dia ele é destruído
Grita o povo enfurecido
Morreu um discriminado

A criança é obra prima 
Do autor da criação
Merecida de estima
Amor e dedicação
Muitas são abandonadas
Por sua mães desprezadas
Aqui ou em outro estado
Trabalho tem sido feito
Pelejando pra dar jeito
A quem é discriminado

O professor é um ente 
Diferente entre os demais
Jesus sabe e ele sente
Fazendo encontros com pais
Dizem não posso ajudar
Ao meu filho estudar
Porque não sou preparado
Aguentem por favor
Até o governador
Faz ele discriminado

O matuto é agregado
De costume e tradição
Fala de terra e de gado
Gosta de tomar pifão
É rústico seu linguajar
Se por acaso estudar
Ainda fala errado
Tem professor que critica
Desse jeito o pobre fica
Na aula discriminado

O fumante é defensor
Dos males que o fumo faz
Prejudicado com dor
Afirma estou bem demais
Fumando muito e tossindo
E a fumaça cobrindo
Quem está aproximado
Quem toma vergonha deixa
Pois muita gente se queixa
Fumante é discriminado

O idoso representa
Uma história de vida
A muitos ele comenta
Minha existência é sofrida
Nada foi fácil pra mim
Já estou chegando ao fim
Por Deus eu sou castigado
Fico num canto sozinho
Ouço alguém dizer baixinho
Idoso é discriminado

Se você é portador
De uma deficiência
Já tem projeto a favor
O que falta é competência
Para o projeto exercer
E o deficiente ser
Em todo lugar tratado
Sem excluir seu direito
Mas sempre tem um sujeito
Que o julga discriminado

O pobre é excluído
No meio da sociedade
É taxado de metido
Perto de autoridade
Mesmo o governo ajudando
Tem muita gente negando
Seu direito conquistado
Nos projetos sociais
O Bolsa custa demais
Porque é discriminado

A mulher evoluiu
Na luta e no pensamento
Da cozinha ela saiu
Com marca de sofrimento
Quebrou cabresto e corrente
Lutou pra ser consciente
Mesmo fazendo zoada
Tirou macho do poder
Mas ele implica em dizer
Mulher é discriminada

O cachaceiro é um traste
Sem vergonha e sem futuro
Desejam até que o craste
Pra não produzir impuro
No bar ele é um imundo
Na rua um vagabundo
Por todos ignorado
Em casa a mulher implora
Meu amor você lá fora
É muito discriminado

A polícia militar
Por mais que seja treinada
Uns começam criticar
Que sua luta é errada
Não usam educação
No momento da prisão
Prende até inocentado
Só faz assim diz o povo
Este policial novo
É todo discriminado

O negro tem um perfil
De lutar com perfeição
Pode se virar em mil
Mas não muda a opinião
E nem a compreensão
Do branco mal informado
Sendo todo mestiçado
Abre sua boca e diz
Aqui no nosso país
O negro é discriminado

O homem agricultor
É repleto de esperança
Um inverno promissor
Aguarda com confiança
Planta antes de chover
Confia que vai colher
E muitas vezes dar errado
Procura uma solução
Cansado de ouvir não
Se acha discriminado

O homossexual
Na luta tem avançado
Vivendo como casal
Por lei já foi aprovado
Adotar uma criança
No dedo por aliança
Com compromisso selado
Sendo um ao outro fiel
Registrado no papel
Ainda é discriminado

O alfaiate é um ente
Que luta para agradar
Mede traça corta e sente
O gosto de costurar
Aceita fazer recortes
De roupa fina e esportes
Faz a dinheiro e fiado
Zela bem cada cliente
Mas tem um tipo de gente
Que o faz discriminado

Pra que discriminação
Quando só temos um pai
Zombar do próprio irmão
Todo poderoso cai
Vamos unidos viver
A Jesus obedecer
Pra poder ser perdoado
Quem errar peça perdão
E diga de coração
Não sou mais discriminado



HELENA BEZERRA