quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O NAMORO ANTIGAMENTE




Namorar antigamente
Surtia munta emoção
Ambos sentia uma força
Saindo do coração
Só o olhar transmitia
O ardor duma paixão

Cuma era naturá
Surgir  na adolescença
Vontade namorá
Vinha com munta frequença
Munida de timidez
E fluxos de inocença

Pur farta de informação
Munta coisa aconticia
A mãe era inveigonhada
Dejeito nenhum dizia
O qui ia acontecer
No coipo de sua fia

Cone se dava o processo
De tanta variação
Menina moça sufria
Aperrei e frustação
Isto é doença grave
Vou morrer sem solução

Pru ignorança a mãe
Brigava dizeno assim
Agora tu vai pagar
As raiva qui  fez a mim
Isso é castigo de Deus
Pra ageitá gente ruim

Cuma vivia sintino
O calor duma paxão
Se confoimava pensano
Eu nun posso morrer não
Pruque tem algo mexeno
Dento do meu coração

Dispôs foi isclaricida
Qui aquilo era normá
Tumô gosto pela vida
Só pensava im namorá
Seu preferente também
Pranejava a encontrá

Só cumeçava o namoro
Cono o pai dela aprovasse
O sim dele era o pivor
Praque tudo cumessasse
Exigia ordem e respeito
E ái de quem duvidasse

O rapaz tinha que ser
Cunhicido da famia
Morar no mermo setor
E trabaiá todo dia
Se não perdia o direito
De namorar sua fia

Só namorava se fosse
Com o pai dela ispiano
De preferença o domingo
A tardinha ia chegano
E sete hora danoite
Já estava regressano

O pai munto carrancudo
O namoro vigiava
A um metro de distança
Um do outro se  sentava
E muntas vez o assunto
De jeito nenhum chegava

Quando era a primeira vez
Que na casa dela ia
Dava uma sede danada
De vez em quando pedia
Um copo grande com água
Em poucos gole ingulia

Na temperatura quente
Ficava todo suado
De briantina gessi
O cabelo era insopado
Dava crise de tussir
Mesmo sem está gripado

De duas a três viage
Ele inda dava perdida
Só cum o pai cunversava
A moça era iscundida
Faseno prano e perdeno
Mode achar uma saída

Veno os sufrimento dele
Ela resolveu  sair
Sim costa numa janela
Fingino qui vai tussir
Ele vai ao seu encontro
Um copo dágua pedir

O pai fica furioso
Olhando a proximação
Um por fora outro por dentro
Sente raiva e emoção
Manda logo a fia entrar
Metendo um empurrão

Ela sai cambaliano
Por causa do impurrão
Que seu pai meteu nas costas
Seguido dum biliscão
Deixano a lapa de couro
Dipindurada na mão

O frouxo do namorado
Meteu o pé na carreira
Pulano ceica de vara
Só se uvia a quebradeira
Mas a iscuridão da noite
Deu cobertura a poeira

Meses depois sincontraro
No veloro dum difunto
Pra famia foi trsiteza
Mas pra eles valeu munto
Mataro toda saudade
Naquele tempinho junto

Marcaro logo a fugida
Pra outra noite da frente
Mas ou menos oito horas
Ele estava no batente
Aguardano a namorada
Sair na porta da frente

Ela num tardou sair
Prus quato canto ispiou
Não viu uma companhia
Munto dipressa vortou
Bateu a porta dizeno
Só cum rocê eu num vou

Ele tão disesperado
Inda tentou ispricá
Ela num deu atenção
Por mim pode se daná
Vá arranjá ôta feme
Pra puder formá seu pá

Não cumpriu cum a palavra
Dando uma de esperto
Foi testá a namorada
Mas o teste não deu certo
Nunca mais teve de volta
Nem de longe e nem de perto

A mulher naquele tempo
Era munto invergonhada
Tinha obediença aos pais
E mêdo de ser falada
Se o ome não concordasse
As vez ficava sem nada

Duas formas era usada
Pra quem queria casar
O rapaz pidia a moça
Ou tinha qui carregar
Perante uma tistimunha
Pra puder dispusitar

Quem a moça ricibia
Tinha o dever de avisá
Ao pai dela munto cedo
Mode ele mandá chamá
O ladrão de sua fia
Pru casamento acertá

Depois de munto carão
Faz o interrogatoro
Sobre morada e trabalho
O acerto do casoro
Do contráro seu fulano
Vamos fazer seu veloro

As emoções amorosas
Era asssim antigamente
Ambos sofriam demais
Pra se unir seriamente
Nunca usava ficar
Como usam atualmente.

Cone a moça era pidida
Tudo era diferente
De gosto e regogosto
Pru noivo era excelente
Os sogros bancava tudo
Dando a moça de presente

Dispôs de tudo acertado
Marcava o mês e o dia
Pra festa do casamento
Qui só reinava alegria
Cum cumilança e festejo
Arrastapé canturia

O casá recém casado
Era sempre vigiado
Quando terminava a festa
Pelos pais era levado
Somente no outro dia
Podia ser liberado

E assim era o trajeto
Desde que acontecia
O impulso do amor
De José ou de Maria
Até fixá união
Lá na sua moradia.

(HELENA BEZERRA)


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Um Dos Pontos Turísticos

O Olho D'água do milho
É um ponto de atração
No estado do erre ene
Oeste é a região
Nas terras de Caraúbas
Sua localização

Park Hotel e piscinas
Deixam composto o cenário
Muitas opções de banhos
Existem no baldeá rio
Quem visitá-lo constante
Vivi mais dum centenário

É uma boa opção
Para fugir da rotina
Jogar o estresse fora
Sem procurar medicina
É só mergulhar nas águas
Da cascata ou da piscina

Queda d'água na cascata
É lindo observar
O povo se escorregando
Para a piscina aparar
Depois dum belo mergulho
Experimentam nadar

Sombra de árvores frondosas
Enriquecendo o local
Oiticicas e juazeiros
Dão suporte ao pessoal
Alguns sombreiros de palhas
E uma área musical

Tem vários apartamentos
Quem pode faz preferência
Alugam antecipado
Tem de tudo a residência
É  melhor para o turista
Repousar com paciência

Para entreter crianças
Muitas coisas chamativas
Piscinas parks infantis
As calmas ficam ativas
Só as coitadas das mães
Ficam muito cansativas


Vê-se subindo e descendo
Um pone a transportar
Crianças de várias idades
Só para o dono lucrar
O pobre do animal
Sem ter direito parar

Um restaurante sortido
Ao povo abastecendo
Com comidas e bebidas
Vários garçons atendendo
Pra todo lado se vê
Muitas bocas remoendo

Tem gente que exagera
Bebe sem se basear
Precisa ir ao banheiro
Quando vai se levantar
Não dar conta fica tonto
 E cai de pernas pro ar

De tudo que observei
Faz sentido melhorar
O asfalto da chegada
E onde estacionar
Falta arborização
Naquele vasto lugar
Mesmo assim vale apena
Este local conhecer
O passatempo é gostoso
Muitas famílias vão ver
O que estar representado
Nesta área de lazer