quinta-feira, 27 de novembro de 2014

VALORIZANDO O CORDEL CEARENCE



O cordel vem de cordão
Antigamente  usado
Pra pendurar os cordéis
Deixando-os bem destacado
Vendidos pelo autor
Numa feira de mercado

Todo cordel é rimado
O critério é do autor
Em décimas ou em sextilhas
Todos eles têm valor
Cantado ou declamado
Por poeta cantador

A rima tem o odor
De perfumar a poesia
O poeta é beija flor
Que visita todo dia
O jardim que favorece
Os versos que ele cria

O nordeste contagia
O Brasil de cordelistas
E os principais estados
Que produzem estes artistas
São os mesmos que produzem
Cantadores repentistas


Estão incluídos nas listas
Erre Ene e Ceará
 Destacam-se nos cordéis
Cante lá que Eu canto cá
Do poeta Patativa
Imitando um sabiá

Aqui ali acolá
Alguém tem conhecimento
Deste produto criado
Por poeta de talento
Que sempre cria e escreve
O que sai do pensamento

O Ceará no momento
Apresenta produção
De cordéis e cordelistas
Da praia até o sertão
Divulgando Patativa
Cego Aderaldo e Tião

O cordel é a lição
Que tempera esta cultura
Verso rima e oração
O cordelista mistura
E o resultado final

É esta literatura.