quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

VIVER COM FELICIDADE

                         
               


Quem provar o prazer de ser feliz
Tem um auto domínio de fazer
O seu ego optar para viver
Desligado de vícios infeliz
No trajeto da vida sempre quis
Fazer bem ao próximo e procurar
Ser distante de quem prejudicar
Um projeto que educa e que ensina
Felicidade é semente que germina
No terreno que o dono semear.

Felicidade não é um instrumento
Que se vive a procura todo dia
Ela nasce no coração e cria
Uma forma de ser como fermento
Vai crescendo e chega a cem por cento
As ideias do próximo ajudar
No silêncio sem nada propagar
Nem apontar o que outro determina
Felicidade é semente que germina
No terreno que o dono semear.

Felicidade prospera onde tem
Coração transbordante de amor
Simplicidade fruindo com fervor
Sem sonegar o direito de ninguém
Os deveres compridos geram o bem
E o prazer de servir sem reclamar
Na palavra de Deus se basear
E transmitir para quem se contamina
Felicidade é semente que germina
No terreno que o dono semear.

Felicidade é sentir o coração
Bater forte na sua extremidade
No pulsar expulsar sua vontade
De servir a quem passa precisão
Fatiar dividindo o próprio pão
Com faminto sedento a esperar
Receber um bocado pra jantar
Recostado na ponta da esquina
Felicidade é semente que germina
No terreno que o dono semear.


Autora:HELENA BEZERRA.






quarta-feira, 30 de outubro de 2019



                    DESPERDÍCIO DE ÁGUA


A água é vida
Merece cuidado
O povo estragado
Precisa mudar
Só tem três por cento
De água potável
Gasto incalculável
Tem que se frear

Falta consciência
Na humanidade
Derrama a vontade
A água tão boa
Comparam com lixo
Aquela usada
Desce a enxurrada
Formando lagoa

É o desperdício
E a poluição
Inutilização
De várias reservas
E o esgotamento
Afeta os vivos
Tornando cativos
Por falta de ervas

Torneira ligada
Água derramando
Mangueira jorrando
Água na calçada
Banho demorado
Com chuveiro aberto
Desperdiça perto
Duma tonelada.

A água servida
Ninguém aproveita
Todo mundo aceita
O líquido gastar
Sem limitação
Estão destruindo
E ela sumindo
Sem poder voltar

A água é vital
Já tem um alerta
Faltando na certa
Gente vai morrer
Sem ter uma gota
O mundo explode
Estica e não pode
Mais sobreviver.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

AS ROSAS PERFUMAM A VIDA




                    
   


Entre seres diversos apareceu
Um dotado das dádivas do divino
Sua vida atrelada no destino
Entre acertos e erros aconteceu.

Uma luz a brilhar resplandeceu
Seu perfil foi traçado com carinho
Toda pedra que tinha em seu caminho
Transformou-se em arbusto e floresceu

No momento que ela fraquejava
Uma força do bem lhes sustentava
 Na vantagem e na sorte se saía

O galope do tempo acompanhava
Os espinhos da vida não furou
Essa rosa que cheira todo dia.

HELENA BEZERRA.

sábado, 24 de agosto de 2019

   

  AS DORES DA REJEIÇÃO


Quando o ser humano nasce
Recebe uma proteção
Se dela fizer bom uso
Enriquece o coração
E Deus fica no comando
Apontando a direção

O cordel vai relatar
Um fato acontecido
Com um jovem muito pobre
Que vivia sucumbido
Somente da vizinhança
Ele era conhecido

Um dia foi a cidade
Ficou perto dum jardim
Lá avistou uma jovem
Colhendo flor de jasmim
Tão linda que apaixonou
O coração de Joaquim

Olhando aquela beleza
De súbito se arrepiou
E pela primeira vez
Seu coração apertou
Revestiu-se de coragem
E dela se aproximou

Interrogou-a dizendo
Você quer casar comigo?
Ela muito aborrecida
Disse fujo do perigo
Um homem pobre pra mim
É o pior inimigo

Com esta dura resposta
Conteve as lágrimas e saiu
O peito dilacerou-se
Pela dor que atingiu
O coração mergulhou-se
Na tristeza que sentiu

Vivia só meditando
A tamanha grosseria
De ter sido rejeitado
Porque nada possuía
O desprezo lhe afastava
Daquela que mais queria

Sem perder a esperança
Todo dia trabalhava
Só gastava o necessário
Sempre economizava
Investia na poupança
O pouco que lhe sobrava

Por ser muito confiante
Que um dia ia vencer
Jesus lhe favoreceu
Tudo passou a crescer
Na vida daquele jovem
Diminuiu o sofrer

O progresso evoluiu
O estudo cresceu mais
Rico em comportamento
Admirava os demais
Agradecia Jesus
E a educação dos pais.

Gostava de partilhar
Aos  famintos alimentos
Cresceu em sabedoria
Cultura e conhecimentos
Agia com caridade
Combatendo os sofrimentos.

Nunca sentia atração
Quando via uma donzela
Pois não tirava da mente
Aquela mulher tão bela
Sofria por seu desprezo
Mais era louco por ela.

Um dia foi passear
Pelo shopin da cidade
Quando de súbito encontrou
Aquela que na verdade
Em uma década passada
Lhes tratou com crueldade

Ela o reconheceu
Foi logo dizendo assim
Hoje já estou casada
Meu homem cuida de mim
Ganha mais de vinte mil
Com você era meu fim

Quem vem da classe plebéia
Nunca se espera crescer
Se eu tivesse aceitado
A me casar com você
Talvez o que tu ganhasse
Não dava pra nós comer

O homem ficou ouvindo
Lágrimas no rosto descia
Era a mulher dos seus sonhos
Mas a ganancia impedia
Sufocava o coração
De quem tanto ele queria

Sem dizer uma palavra
Dali foi se retirando
Naquele mesmo momento
Um homem vinha chegando
Era o marido dela
E assim foi se expressando.

Meu patrão você aqui?
O prazer é todo meu
Esta é minha esposa
Presente que Deus me deu
E tu o homem mais rico
Que a América conheceu

Ao ouvir estas palavras
Ela quase desmaiou
Morta de arrependida
Ao marido perguntou
O que dissestes é verdade?
Com gesto ele confirmou.

Partilhou o que sabia
Da história do patrão
Meu bem ele era pobre
Teve uma grande paixão
E a moça não aceitou
Por ser ele um pobretão.

Ficou decepcionado
Com o que aconteceu
Não tirava ela da mente
Estudou muito e venceu
Dono de muitas riquezas
Mas mulher não conheceu.

Ela muito angustiada
Porém não quis revelar
Que  a mulher era ela
Que não aceitou casar
Devido sua pobreza
Mandou-o se retirar

A vida ficou sem graça
O egoismo venceu
Não conheceu o amor
A matéria adoeceu
Depois da revelação
Com dois meses faleceu.

Enquanto o mundo girar
Em torno só do poder
Sem dar vaga para o amor
Se apoderar e viver
Indicando a cada um
Trocar o ter pelo ser.

Autora:HELENA BEZERRA.

















segunda-feira, 29 de julho de 2019

       SONÊTO:NAS CORDAS DOS VENTOS


No embalo noturno fiz parar
O meu corpo cansado repousei
O enlevo do sonho aproveitei
A sensação ofuscante de voar.

No espaço sideral tentei chegar
Uma força astrológica impedia
Nenhum corpo celeste existia
Foi o vento que pôde me salvar

Na passagem as cordas agarrei
Lá do vácuo no impulso pulei
Na negritude daquela escuridão

Revirados,repuxos e batidas
Os efeitos causados nas decidas
Acordei escanchada num fogão.


produzido por: HELENA BEZERRA.

sábado, 29 de junho de 2019

INDO AO ENCONTRO  DELA

Saí  procurando ela
Na esquina da avenida
Na entrada na saída
Não tive notícia dela
Fui até uma viela
Onde tinha um barracão
Toda resposta era não
Outro destino tomei
Andei tanto que cansei
Sem obter solução.

Continuei procurando
Nos bares e nos cassinos
Homens,mulheres,meninos
Fui todos investigando
O que ia procurando
Saiu de circulação
Entrei até num salão
Só vi coisa de beleza
Senti minha alma preza
Com tanto trabalho em vão.

O rádio noticiou
Tá na universidade
Corri com velocidade
Por onde o povo ensinou
Falei com o diretor
Ele me deu permissão
Corrigi sala,salão
Diretoria,banheiro
Dela não tive roteiro
Tomei outra direção.

Voltei bem desenganado
Por não poder encontrar
Sentei na mesa dum bar
Chorando desesperado
Acendi um baseado
E tomei um bom pifão
Não tinha nem um tostão
Pra pagar esta despesa
Passei por baixo da mesa
E não dei satisfação.

Já quase desiludido
Entrei num aeroporto
Senti grande desconforto
Cabisbaixo arrependido
Andei que fiquei doído
Pedindo informação
E lá na recepção
Indicaram o rumo certo
Achei um portão aberto
Entrei até o porão

Lá eu fiquei espantado
Com latido da matilha
Resguardando a esquadrilha
Fiquei muito amedrontado
Olhava pra todo lado
Só via muito avião
Com a superlotação
Um comboio enfileirado
Com produto empacotado
Pra viajar pro Japão.

Descobri ela embarcada
Fiquei triste novamente
Agora com outra gente
Está vivendo entrosada
A maioria sem nada
Apela uma solução
E ela de avião
Viaja pro estrangeiro
Onde gera mais dinheiro
Nas ordens do capitão.

Helena Bezerra.






sexta-feira, 21 de junho de 2019




UM MATUTO FÃ DE POLÍTICO


Um trabaiador da roça
Disposto qui nem trator
Tinha uma grande famia
Tudim  era agricultor
Lutava a sumana inteira
No sabo ia pra feira
Saber de tudo o valor

Cuma tem gosto pá tudo
Ele sentia paxão
Pelas campanha pulítica
Pra dá sua opinião
E o candidato iscuiê
Pra seu voto oferecê
No dia da eleição.

No discorrê de setenta
Uma campanha estourou
O raido contava tudo
E aquele agricultor
Seu candidato iscuieu
Obrigava o povo seu
Votar onde ele votou.


Um dia ficou sabeno
Que seu candidato vinha
Inargurá um açude
Que im outo lugá tinha
Ele ficou animado
Ramo trabaiá drobado
Pra nós ir essa festinha

A turma ficou filiz
Deu pulo de alegria
Até um ora da tarde
O só quente qui duía
Ninguém num quis aimunçá
No sentido de andá
O apetite fugia.

As duas ora partiram
Pra chegá antes da ora
Quato légua de distânça
Iam de língua de fora
Serra a cima serra abaxo
Ainda fizero faxo
Dispôs do dia ir imbora.

Tudo a pé camiano
Cum sede fome e suado
Os pés iscorreno sangue
O coipo istrupiado
A noite iscuro trazia
Só tinha um que dizia
Ou passeio disgraçado.

Até que im fim chegaro
Cumprino todo trajeto
Era burburim danado
Ninguém num ficava queto
Com terra solta e poeira
Formaro uma barreira
Difice de chegar perto.

Se acomodaro im pé
Um som roco zuadano
E o pra lá e pracá
Do pessoá isperano
Os candidato chegá
E o cumilso cumeçá
Era só anunciano.

As dez da noite lá vem
Estrondo tremendo o chão
O povo paralisou
No mei da escuridão
Todo minino chorava
E o besourão  baxava
Jogano terra e torrão.

De dento dele saiu
Três ome de palitó
Levantano a mão po povo
Cum a tira no gogó
Um começou a falá
Dizia cuneu ganhá
Tudo aqui vai ser mió.

Paima e viva zuava
Tudo era munto animado
Até qui imfim falou
O candidato isperado
Ai houve foguetão
Preencheu o caminhão
O povo dipindurado.

Prometeu tudo de bom
Energia, água incanada
Trabaio pra todo mundo
Impresto sem pagar nada
Casa pra quem nada tem
E cesta básica também
Já está assegurada.

O ome cum a famia
Qui tanto se isforçou
Para vê o seu canidato
Nem perto dele chegou
Com a voz rouca dizia
Estou esperano o dia
Mode votar com o sinhô.

Terminano o falatório
Disse ele vamo negrada
A viagem é munto longe
Tá munto iscura a estrada
Coidado pra num cair
Esperte pra não drumir
É longe nossa jornada.

Um Xeleléu de pulitico
Disse vou mandar deixar
Tem carro a disposição
Pru eleitor carregá
O nosso partido é forte
Tem gasolina e transporte
A demora é só falar.

Foi tanta felicidade
Fluída naquela hora
Uvino aquela promessa
Maior ainda a demora
A paciência esgotou
Depois o cara chegou
Se ageite pra ir agora.

Lá vem vindo o estremeço
Dum trator véi de esteira
Uma carroça engatada
Incostou numa barreira
O tratorista abusado
Disse vão bem agarrado
Que ainda venho pra feira.

Cone imposição ficaro
O bicho deu arrancada
O engate era três metros
Deixando bem afastada
A carroça do trator
A zuada do motor
Estremecia a estrada.

A voz do home bradava
Como é bom andar de carro
Se num fosse meu pulitico
Nós ia amassano barro
Purisso qui dou valor
Vou morrer seno eleitor
Quem falar dele eu amarro.

A estrada esburacada
Toda de mato coberta
A cipoada na cara
Deixava a mundiça esperta
Maicava o rumo e discia
E nouto morro subia
E o medo em todos aperta.

As sete hora do dia
A viagem terminou
Batêro toda puêra
Ninguém nada recramou
Fôro tudim pro roçado
O véio ficou deitado
Pruque num aguentou.

Os fi quiria dizer
Qui tava cum munto sono
Mais num tivero corage
Fôro trabaiá tombano
Uma ressaca daquela
Ninguém num esquece ela
Mesmo viveno cem ano.


Autora ;HELENA BEZERRA.













segunda-feira, 3 de junho de 2019


DEBATE:PRESIDENTE E EDUCAÇÃO


E-Porque senhor presidente
    Feriu a educação
    Apunhalou pelas costas
   Chocou a nossa nação
Desestimulou os jovens
Seguir sua vocação

P-É pra economizar
Dinheiro pros marajás
Educação é desastre
Estudo não satisfaz
Povo educado só presta
Para nos botar pra trás

E-Um país se desenvolve
Quando tem educação
Alimentando o progresso
Estimulando a nação
A gerar emprego e renda
Pravida do cidadão

P-Pobre não precisa estudo
Gastar com pobre é besteira
Só tem dado prejuizo
A política brasileira
Até no bolsa família
Eu vou dar uma rasteira

E-A educação precisa
De muitos investimentos
Para instruir os jovens
Que visam conhecimentos
Pra ter uma vida dígna
Frutos dos ensinamentos

P-O pior erro do mundo
Foi dar oportunidade
A pobre fazer ENEM
E entrar na faculdade
Até os negros tiveram essa
Essa oportunidade

E-país sem educação
Não há desenvolvimento
Tudo é desorganizado
Povo sem conhecimento
Vira massa de manobra
Nas mãos de sanguinolento

P-Os jovens são idiotas
Não tem pra que estudar
As verbas adquiridas
Tenho pra onde enviar
Educação é um verme
Só faz nos prejudicar.

E-Educação é a base
Que sustenta uma nação
Sem ela desaba tudo
O jovem perde a noção
É convidado a entrar
Na droga sem solução

P-A melhora do país
Já está no meu projeto
Um fuzil em cada casa
Já publiquei no decreto
Todos com arma de fogo
Do avô até o neto

E-Violência é combatida
Onde existe educação
Ensino de qualidade
É a melhor solução
Pra combater os corruptos
Que distroe nossa nação

P-Preciso de cortar gastos
Pra meu governo crescer
Saúde e educação
De verbas pode esquecer
Vou juntar muito dinheiro
Para me reeleger

E-Vou continuar lutando
Pra vê o povo educado
Com direitos e deveres
Cada um executado
Isso vem acontecendo
Em país civilizado

P-Político só tem vantagem
Quando é bem escolhido
Ai de mim se este povo
Fosse bem esclarecido
Mesmo fazendo chantagens
Ainda tinha perdido

E-Quero vê este país
Seus filhos valorizando
Excluindo o preconceito
A igualdade implantando
E o analfabetismo
Toda pesquisa zerando

Vou parar este debate
Já perdi tempo de mais
A minha ideia não muda
O que fiz ninguém desfaz
Bancar estudo pra pobre
Não são os meus ideais.

Por Helena Bezerra.



domingo, 21 de abril de 2019

Viver a páscoa é sentir
O amor se derramando
Cruzar com o sofrimento
De quem está precisando
Subir se for necessário
Descer a outro ajudando

Sentir o gosto da vida
É páscoa constantemente
Pedir e agradecer
É um dever do vivente
Que recebe e não conhece
O que Deus faz pela gente

Viver a páscoa é mudar
A sua capacidade
É partilhar é lutar
Criar círculo de amizade
Viver constante sentindo
O sabor da liberdade

Soltar um sorriso largo
A alma se alimenta
O coração se alegra
A fé é quem movimenta
O pensamento pra Deus
Que com certeza sustenta

Ajudar gente a ser gente
É uma renovação
Restabelece em ambos
O vigor da vocação
E agrega constantemente
A vida em libertação.

HELENA BEZERRA.



sábado, 30 de março de 2019

LENÇÓ DE NICASSA

Cumera tudo difice
Naquele tempo de outrora
Nicassa tinha um ticido
Qui durou mais duma hora
Pelejano prar cortar
Quage a tizoura num tora

Fêz um lençó qui midia
Três metro de cumprimento
Cum dois e mei de laigura
Só era munto caspento
No fri sirvia de capa
Pá tudo sinfiar dento

Era Nicassa e Nabor
Batailano todo dia
Tinha um bucado de fie
O de cumê consiguia
Mais o de vistir fartava
Praquela grande famia

O uso desse lençó
Já tava cum cinco ano
Nicassa por precisão
Na mente chegou um prano
De recortar o lençó
Grande pedaço de pano

Fêz uma cauça pá Chico
Um vistido pá Toinha
Uma camisa pá Neco
Uma saia pá Zefinha
Um caução pá putifá
Uma brusa pá Netinha

Foi tanta filicidade
E pulo de alegria
Um obrigado mamãe
Tão auto chega zinia
Botava roupa e tirava
Guardava e depois vistia
.
Toinha era mais filiz
Pruque já era mocinha
Nunca saía de casa
Pois vivia de caucinha
Feita de saco de açúcar
Ou de saco de farinha

Cum esse único vistido
Toinha se divirtiu
Foi pá novena,pá missa
Até canturia viu
Enum jogo de aigorinha
Um namoro adquiriu.

Toda vêz quela saía
Evitava se sentar
Os acentos tinha prego
E pudia ripuxá
O ticido do vistido
Quela tinha pá usá.

O coidado era maior
Cono o vistido lavava
Na sombra dum juazeiro
Um varal improvisava
Cumo já era fubento
O sol quente disbotava.

Toinha superou tudo
Essa crise foi imbora
Já conta mais de noventa
Guarda tudo na memora
O bom mermo é cunhecer
Ela contano a estóra.

HELENA BEZERRA.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A TIMIDEZ




Timidez é desconforto

Em várias situações

Impede os objetivos

E as realizações

De quem procura viver

Em outras repartições


Quem sofre de timidez

Procura sempre evitar

Contatos com os estranhos

Tem medo até de falar

Em qualquer um ambiente

Até o familiar.


Empobrece a qualidade

De vida no social

Se oprime se recusa

Causa trastorno mental

Acarreta prejuízo

Na vida profissional


Três tipos de timidez

Um situacional

Impede falar em público

Em todo e qualquer local

Treme o corpo perde a voz

Fica até passando mal.

O outro se torna crônico

Inibe as formas de vida

No convívio pessoal

Amigo lhes intimida

Estranho pior ainda


Machuca a alma abatida

Timidez proposital

Faz aumentar o sofrer

De si próprio tem vergonha

Dispensa de conhecer

Até o próprio parente

 Bate a porta pra não vê


A timidez é um mal

Que precisa ser curado

Todo portador se sinta

Fortemente encorajado

Apostando em seu talento

Deixa a timidez de lado.

Helena Bezerra.




quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

PORQUE DISCRIMINAÇÃO?


Sendo  obeso se revolta
Quando alguém fita o olhar
Se for numa festa volta
Antes dela se findar
Odeia uma balança
O que mais cresce é a pança
Parece está estufado
Come sem moderação
Na sua concepção
Se acha discriminado

O homem que é poeta
Observa pensa e cria
Qualquer assunto interpreta
Desenvolve em poesia
Uns vive a vida cantando
Outros vivem declamando
Os seus trabalhos rimados
A maioria esquece
Que o poeta merece
Nunca ser discriminado

O drogado dependente
Da paz é destruidor
Desrespeita o ambiente
As vezes causa terror
Pede, engana e mente
Assalta e mata gente
Pelo vício é dominado
Se for tratado tem jeito
Mesmo mostrando respeito
É muito discriminado

O aidético está sendo
Pela saúde atendido
Quando ele fica sabendo
Que do vírus é atingido
Entristece  e se agita
Sua mente fica aflita
Quando é examinado
O médico lhe faz feliz
Mas o povo encara e diz
Este está discriminado



Aquele que é bandido
Vive no mal apostando
Nunca se dar por vencido
Por isso vive esperando
Um golpe certeiro dar
Ao próximo prejudicar
Nunca se acha culpado
Um dia ele é destruído
Grita o povo enfurecido
Morreu um discriminado

A criança é obra prima
Do autor da criação
Merecida de estima
Amor e dedicação
Muitas são abandonadas
Por suas mães desprezadas
Aqui ou em outro estado
Trabalho tem sido feito
Pelejando pra dar jeito
A quem é discriminado



O professor é um ente
Diferente dos demais
Jesus sabe e ele sente
Fazendo encontro com pais
Dizem não posso ajudar
Ao meu filho estudar
Porque não sou preparado
Agüentem por favor
Até o governador
Faz ele discriminado

O matuto é agregado
De costume e tradição
Fala de terra e de gado
Gosta de tomar pifão
É rústico seu linguajar
Se por acaso estudar
Ainda fala errado
Tem professor que critica
Desse jeito o pobre fica
Na aula discriminado


O fumante é defensor
Dos males que o fumo faz
Prejudicado com dor
Afirma estou bem demais
Fumando muito e tossindo
E a fumaça cobrindo
Quem está aproximado
Quem toma vergonha deixa
Pois muita gente se queixa
Fumante é discriminado

O idoso representa
Uma história de vida
A muitos ele comenta
Minha existência é sofrida
Nada foi fácil pra mim
Já estou chegando ao fim
Por Deus eu sou castigado
Fico num canto sozinho
Ouço alguém dizer baixinho
Idoso é discriminado



Se você é  portador
De uma deficiência
Já tem projeto a favor
O que falta é competência
Para o projeto exercer
E o deficiente ser
Em todo lugar tratado
Sem excluir seu direito
Mas sempre tem um sujeito
Que o julga discriminado

O pobre é excluído
No meio da sociedade
É taxado de metido
Perto de autoridade
Mesmo Lula lhe ajudando
Tem muita gente negando
Seu direito conquistado
Nos projetos sociais
O Bolsa custa demais
Porque é discriminado



A   mulher  evoluiu
Na luta e no pensamento
Da cozinha ela saiu
Com marca de sofrimento
Quebrou cabresto e corrente
Lutou pra ser consciente
Mesmo fazendo zoada
Tirou macho do poder
Mas ele insiste em dizer
Mulher é discriminada

O cachaceiro é um traste
Sem vergonha e sem futuro
Desejam até que o craste
Pra não produzir impuro
No bar ele é um imundo
Na rua um vagabundo
Por todos ignorado
Em casa a mulher implora 
Meu amor você lá fora
É  muito discriminado



A polícia militar
Mesmo sendo bem treinada
Uns começam criticar
Que sua luta é errada
Não usam educação
No momento da prisão
Prende até inocentado
Só faz assim diz o povo
Este policial novo
É todo discriminado

O negro tem um perfil
De lutar com perfeição
Pode se virar em mil
Mas não muda a opinião
E nem a compreensão
Do branco mal informado
Mesmo sendo um mestiçado
Abre a sua boca e diz
Aqui no nosso país
O negro é discriminado.




O homem agricultor
É repleto de esperança
Um inverno promissor
Aguarda com confiança
Planta antes de chover
Confia que vai colher
E muitas vezes dar errado
Procura uma solução
Cansado de ouvir não
Se acha discriminado

O homossexual
Na luta tem avançado
Vivendo como um casal
Por lei já foi conquistado
Adotar uma criança
No dedo por aliança
Mesmo sendo namorado
Sendo um ao outro fiel
Registrado no papel
Ainda é discriminado



O alfaiate é um ente
Que luta para agradar
Mede traça corta e sente
O gosto de costurar
Aceita fazer recortes
De roupa fina a esportes
Faz a dinheiro e fiado
Zela bem cada cliente
Mas tem um tipo de gente
Que o faz discriminado

Pra que discriminação
Quando só temos pai
Zombar do próprio irmão
Todo poderoso cai
Vamos unidos viver
A Jesus obedecer
Pra poder ser perdoado
Quem errou peça perdão
E diga de coração
Não sou mais discriminado.