Em uma cidade grande
Saí para passear
Numa manhã de domingo
Um parente visitar
Um transporte alternativo
Fui num local esperar
Sem querer observei
Do local o movimento
A rua era muito estreita
Brusco estacionamento
Passageiros na espera
Povoaram o calçamento
Era um mine comércio
Observei da esquina
Tinha uma boa demanda
Outros fazendo faxina
É mão de obra pesada
No posto de gasolina
Coisa que não se imagina
Uma idosa agitada
Dirigindo o seu veículo
Deu uma brusca freada
Tossindo pra se acabar
Com o catarro
engasgada
Sem higiene a danada
Na sua blusa assuou
O seu nariz carregado
Pediu um bolo e pagou
Saiu comendo um pedaço
Deu sinal e viajou
Neste momento chegou
Aquele carro esperado
Quando entrei fui
caindo
O motorista safado
Não esperava ninguém
Ficar no local sentado
Os passageiros agarrados
Pra evitar de cair
Uns escorados nos outros
Correndo risco de ir
No piso do carro velho
Para o roteiro cumprir
Quem precisava sair
Levantava da cadeira
Todas rasgadas fedendo
Cheias de terra e poeira
Os ferros
enferrujados
Era grande a quebradeira
Todos sentiam canseira
Num carro desconfortado
Por ser do interior
O que pensei foi
errado
Que na capital havia
Um trânsito organizado.
Helena Bezerra.
Helena Bezerra.
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