quarta-feira, 22 de abril de 2020

AUXILO EMERGENCIÁ

Pru caso duma duença
Acabou a paciença
O povo foi obrigado
Abadoná o siviço
Foi o maió ribuliço
Daqueles disimpregado.

Minino fora da iscola
Sem puder pidir irmola
Im casa sem merendá
Aluguel água e luz
Pesando cuma uma cruz
Sem grana para pagá.

O chefe pressionado
Pelos seus opusitoures
Tumou uma posição
Prumode os pobe ajudá
De três vez auxiliá
Foi uma pertubação.

Os pobi no celulá
Procura se informá
Lutava e nun risuvia
Oiava a televisão
Aquela informação
Uvia e num intindia.

Só intendêro paga
Cedo partiro pra vaga
Numa caxa federá
Gente passava da conta
A fila intortava a ponta
Na porta do hospitá.

Os protetor de saúde
Pidia meu povo ajude
Ficá du ôto afastado
Os pobi num intindia
A fila torta criscia
Todo mundu amuntuado.

Uns gritava eu quero vê
Quanto é qui vou recebê
Lá im casa é seis pessoa
Duas é mil e duzento
Somei é três e seicento
Minha ajuda é munto boa.

Outo dizia num é
Quevê pregunte a muié
Qui ela sabe ispricá
Amarre sua mascara
Qui a puliça num para
É só pra lá e pra cá.

Cuno o dinêro saiu
O fuá diminuiu
Correro para gastá
Cum move roupa e bibida
Outos de contra partida
Renovô o celulá.

As loja saiu lucrano
Quem recebeu comprano
Sem falá im prestação
Pulava de alegria
Gritava essa pandemia
Bom pra uns e outos não.

Ramo rezá um bucado
Pra quem já virou finado
E pra quem adoeceu
Agora peço a Jesus
Qui acenda sua luz
Livrano tudo qué meu.

Mais uma produção matuta
DE HELENA BEZERRA.









terça-feira, 7 de abril de 2020

CORONAVÍRUS EM AÇÃO.

O mundo sentiu um choque
Com o povo asfixiado
Morrendo a cada minuto
O pessoal assombrado
Cientistas investigando
Pra descobrir o culpado.

Chegando no resultado
Atestado e conferido
Apresentaram pra o mundo
É um vírus enfurecido
O novo coronavírus
Precisa ser combatido.

Descobriram que ele tinha
Poder de contaminar
A população inteira
Tão rápido infeccionar
Em pouco espaço de tempo
O indivíduo matar.

Recursos suficientes
Faltavam na medicina
Pra combater a doença
Que virou carnificina
Os primeiros atingidos
Os habitantes da China.

Uma outra descoberta
A forma de impedir
Dele chegar na pessoa
E o contágio transmitir
É isolar o sujeito
Para não interagir.

Tomaram iniciativa
De fazer isolamento
Mandando ficar em casa
Fechar estabelecimento
Só funciona farmácia
E quem fornece alimento.

A maioria do povo
Não aceita obedecer
O vírus se manifesta
Invisível ninguém ver
Aja gente adoecendo
Padecendo até morrer.

Hospitais superlotados
Não resolve a pandemia
Falta os equipamentos
Testes que dão garantia
E os profissionais
Adoecem todo dia.

Decreto vence e renova
Uns cumpre e outros não
Algumas formas de impostos
Fizeram prorrogação
Empresas, fábricas e escolas
Mantiveram suspensão.

O desemprego cresceu
Aumentou a agonia
Além da sobrevivência
O medo faz companhia
Ficar longe de quem ama
Coisa que ninguém queria.

Os idosos são reféns
Da cruel situação
Todos entraram na fila
Uns entendem outros não
Só obedece se ouvir
O ronco do caminhão.

O grito que lave as mãos
E passe o álcool também
Ecoa por todo canto
Evita o vírus que tem
A morte pela limpeza
Quem se limpa vive bem.

Quarentena na quaresma
Fez os fies se afastar
Da casa de oração
Mas pode tentar limpar
As mágoas do coração
Do jeito que limpa a mão
Para o irmão perdoar.

Autora:HELENA BEZERRA.





quinta-feira, 2 de abril de 2020

A VOZ DO MAR NA QUARENTENA

Ecoou com eloquência
Meu sufoco está passando
O meu engasgo desceu
As dores me aliviando
O cansaço amenizou
Minha vida tá voltando.

A praia me encontrando
Onda vai e onda vem
Os pássaros voando livre
Mergulham sem vê ninguém
Pegam peixes se alimentam
Esvoaçam no além.

As ondas me fazem bem
No seu trajeto ligeiro
Fizeram grande limpeza
Hoje me sinto maneiro
Com quinze dias limpando
O lixão do hospedeiro.

Eu vivia em desespero
Com tanta poluição
As dores insuportáveis
De respirar podridão
Das inúmeras toneladas
Recebida de lixão.

É tanta evaporação
Por ter que acumular
Lixos,resíduos e esgotos
Que não param de chegar
Quando ultrapassa limites
Eu tenho que vomitar.

Tive que aguentar
Manchas de óleo queimado
A mortandade de peixes
Me deixava apavorado
Quando desaparecia
Me sentia aliviado.

Atônito sobressaltado
Senti uma pulsação
Respirei suavemente
A brisa mansa em ação
A praia estava deserta
Foi a melhor sensação.


Natureza em aflição
Vivia desesperada
Vendo a beleza do mundo
Com a vida ameaçada
Por prejuízos causados
Por nações mal educada.

A rotina foi mudada
Daquele meu sofrimento
Um alívio relaxante
Sumiu o constrangimento
Senti saindo de mim
Angustia,dor e tormento.

A máquina do sentimento
Gera em mim felicidade
O vento e eu navegando
Trocando comicidade
Aproveitando viver
No âmbito da liberdade.

Nunca temi enfrentar
Os riscos de acidente
Turbulência,tsunâmi
Nem tempestade valente
Meu medo é manter contato
Com bicho chamado gente.

Autora:Helena Bezerra.














































































































































































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