quinta-feira, 2 de abril de 2020

A VOZ DO MAR NA QUARENTENA

Ecoou com eloquência
Meu sufoco está passando
O meu engasgo desceu
As dores me aliviando
O cansaço amenizou
Minha vida tá voltando.

A praia me encontrando
Onda vai e onda vem
Os pássaros voando livre
Mergulham sem vê ninguém
Pegam peixes se alimentam
Esvoaçam no além.

As ondas me fazem bem
No seu trajeto ligeiro
Fizeram grande limpeza
Hoje me sinto maneiro
Com quinze dias limpando
O lixão do hospedeiro.

Eu vivia em desespero
Com tanta poluição
As dores insuportáveis
De respirar podridão
Das inúmeras toneladas
Recebida de lixão.

É tanta evaporação
Por ter que acumular
Lixos,resíduos e esgotos
Que não param de chegar
Quando ultrapassa limites
Eu tenho que vomitar.

Tive que aguentar
Manchas de óleo queimado
A mortandade de peixes
Me deixava apavorado
Quando desaparecia
Me sentia aliviado.

Atônito sobressaltado
Senti uma pulsação
Respirei suavemente
A brisa mansa em ação
A praia estava deserta
Foi a melhor sensação.


Natureza em aflição
Vivia desesperada
Vendo a beleza do mundo
Com a vida ameaçada
Por prejuízos causados
Por nações mal educada.

A rotina foi mudada
Daquele meu sofrimento
Um alívio relaxante
Sumiu o constrangimento
Senti saindo de mim
Angustia,dor e tormento.

A máquina do sentimento
Gera em mim felicidade
O vento e eu navegando
Trocando comicidade
Aproveitando viver
No âmbito da liberdade.

Nunca temi enfrentar
Os riscos de acidente
Turbulência,tsunâmi
Nem tempestade valente
Meu medo é manter contato
Com bicho chamado gente.

Autora:Helena Bezerra.














































































































































































A

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