quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

NÃO TEM PRA QUE TANTA COISA.


Virou raiz na cultura

Quem não tem é perdedor

Quem tem é quem faz sucesso

Mostra status e tem valor

Se veste de ambição

Repassa a população

Meiguice e sabedoria

Não perde oportunidade

Nem vê a necessidade

Que padece a maioria.


Essa lógica consumista

Gera no meio ambiente

Problemas sérios demais

Descartes constantemente

Do uso desenfreado

Tudo que é descartado

A terra dar um gemido

É doloroso engolir

Remoer e ingerir

Tudo é muito dolorido.


Com as compras exaustivas

O  lixo se multiplica

No acúmulo exagerado

Mesquinhez  intensifica

Partilha sempre pregada

Mas pouco compartilhada

Por isso a pobreza impera

O rico acumulando

O pobre fome passando

Sua índole desespera.


A Terra corre perigo

Com tanta exploração

Os recursos naturais

Sofrendo  destruição

Água que alimenta a vida

Pelo povo é poluída

Os gastos são abusivos

Feitos com água potável

Se torna incontrolável

A ação dos seres vivos.


Consumo desenfreados

Desencadeia problemas

Mexe com psicológico

Que termina nas algemas

Compra tudo e não agrada

Corpo e alma esvaziada

Acarreta depressão

Quem fecha os olhos pra vida

Todo prazer se liquida

No mundo da ilusão.

'

Pra viver não é preciso

Tanta coisa sem usar

A vida só tem sentido

Pra quem sabe aproveitar

Sem absorver os vícios

Nem cometer desperdícios

Tenha controle na mão

Divida a felicidade

Que o sabor da bondade

Penetra  no coração.


POR: HELENA BEZERRA.

ADEUS A MARIA DO SOCORRO CARLOS.

 

                                      

Um adeus eternamente

É difícil de aceitar

Porém o ciclo da vida

Nunca se pode mudar

Nascer viver e morrer

Pra depois ressuscitar.


Maria Socorro Carlos

Natural de Antonio Martins

Localidade Boágua

Descendentes dos gundins

Trabalhou na agricultura

Puxou muitos alfinins.


Muito jovem se casou

Assumiu severamente

Construiu sua família

Se dedicou cegamente

Dizia que cada filho

Era o seu melhor presente.


Dona Socorro viveu

Com o prazer de servir

Prestava muitos favores

Ficava até sem dormir

E o pão na sua mesa

Sempre soube repartir.


Depois dos filhos criados

Contribuiu com os netos

Doando zelo e carinho

Distribuindo afetos

O mesmo ainda fazia 

Na chegada dos bisnetos.


Católica bem praticante

Nos grupos era engajada

Nunca faltou uma missa

A fé era alimentada

E a palavra de Deus

Mantinha sempre guardada.


Diversas atividades

Com muito gosto exercia

Organizava os altares

A capela a sacristia

E na merenda do padre

Sempre ajudava a Fia.


Quando foi acometida

Pelo crivo da doença

Deixou as atividades

Mas conservou sua crença

E as chaves da igreja

Eram na sua presença.


Muito tempo conviveu

Suportando muita dor

Combatia com remédios

Confiando no Senhor

Só a fé fortalecia

Seu coração sofredor.


Quando alguém perguntava

Socorro estás melhor/?

Soltava um ar de sorriso

Respondia estou pior

Mas tá bom viver assim

Porque meu Deus é maior.


Partiu numa quinta-feira

Sendo no dia de reis

Oitenta e cinco incompleto

Pois no dia vinte seis

Vai comemorar no céu

Sem o bolo de vocês.


Deixou o plano terrestre

Cumpriu a sua missão

Edificou seu legado

Foi pra outra dimensão

A família toda chora

A dor da separação.


Escreveu : HELENA BEZERRA.





DESPEDIDA E ACOLHEMENTO




                 .


Quem parte é o número ímpar
O dois mil e vinte um
Leva os projetos criados
Sem ter sentido nenhum
E o CORONA que fez
Muita gente em comum.

Quem chega é o ano  par
De dois mil e vinte dois
Energia positiva 
Neste número se expôs
Dando esperança a vida
Pra ter sucesso depois.

Quem parte deixa saudades
De muitas ocasiões
Tristezas acometidas
Por dor e decepções
Alegrias e vitórias
Desespero e frustações

Quem chega seja bem vindo
No palco da esperança
A população te espera
Com muita perseverança
Pra continuar a vida
Pondo em Jesus confiança.

Quem parte leva consigo
Muita dor e sofrimento
Causado na humanidade
Muito crime violento
E a natureza gemendo
A dor do desmatamento.

Quem chega tenha passado 
Pelo crivo de Jesus
Na escuridão do mundo
Manter acesa uma luz
Para evitar os vacilos
Que o povo reproduz.

Quem parte vai pro além
Para nunca mais voltar
Este ano foi difícil 
Mas quem pode suportar
Agradeça a energia 
Que recebeu pra gastar.

Quem chega é imunizado
Abraça e aperta a mão
Isento de todo vírus
Tudo novo é perfeição
Assim o ciclo inicia
Nova vida e boa ação.

Quem parte leva sujeira
Os dejetos descartados
Joga na embarcação
Sem endereços marcados
O mar sem querer recebe
Todos que são rejeitados.

Quem chega traz a saúde
Compreensão alegria
Um inverno promissor
Um zero na carestia
Outro na corrupção
E a mesa do cidadão
Com comida todo dia.

Autoria de HELENA  BEZERRA.