Virou raiz na cultura
Quem não tem é perdedor
Quem tem é quem faz sucesso
Mostra status e tem valor
Se veste de ambição
Repassa a população
Meiguice e sabedoria
Não perde oportunidade
Nem vê a necessidade
Que padece a maioria.
Essa lógica consumista
Gera no meio ambiente
Problemas sérios demais
Descartes constantemente
Do uso desenfreado
Tudo que é descartado
A terra dar um gemido
É doloroso engolir
Remoer e ingerir
Tudo é muito dolorido.
Com as compras exaustivas
O lixo se multiplica
No acúmulo exagerado
Mesquinhez intensifica
Partilha sempre pregada
Mas pouco compartilhada
Por isso a pobreza impera
O rico acumulando
O pobre fome passando
Sua índole desespera.
A Terra corre perigo
Com tanta exploração
Os recursos naturais
Sofrendo destruição
Água que alimenta a vida
Pelo povo é poluída
Os gastos são abusivos
Feitos com água potável
Se torna incontrolável
A ação dos seres vivos.
Consumo desenfreados
Desencadeia problemas
Mexe com psicológico
Que termina nas algemas
Compra tudo e não agrada
Corpo e alma esvaziada
Acarreta depressão
Quem fecha os olhos pra vida
Todo prazer se liquida
No mundo da ilusão.
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Pra viver não é preciso
Tanta coisa sem usar
A vida só tem sentido
Pra quem sabe aproveitar
Sem absorver os vícios
Nem cometer desperdícios
Tenha controle na mão
Divida a felicidade
Que o sabor da bondade
Penetra no coração.
POR: HELENA BEZERRA.