Um adeus eternamente
É difícil de aceitar
Porém o ciclo da vida
Nunca se pode mudar
Nascer viver e morrer
Pra depois ressuscitar.
Maria Socorro Carlos
Natural de Antonio Martins
Localidade Boágua
Descendentes dos gundins
Trabalhou na agricultura
Puxou muitos alfinins.
Muito jovem se casou
Assumiu severamente
Construiu sua família
Se dedicou cegamente
Dizia que cada filho
Era o seu melhor presente.
Dona Socorro viveu
Com o prazer de servir
Prestava muitos favores
Ficava até sem dormir
E o pão na sua mesa
Sempre soube repartir.
Depois dos filhos criados
Contribuiu com os netos
Doando zelo e carinho
Distribuindo afetos
O mesmo ainda fazia
Na chegada dos bisnetos.
Católica bem praticante
Nos grupos era engajada
Nunca faltou uma missa
A fé era alimentada
E a palavra de Deus
Mantinha sempre guardada.
Diversas atividades
Com muito gosto exercia
Organizava os altares
A capela a sacristia
E na merenda do padre
Sempre ajudava a Fia.
Quando foi acometida
Pelo crivo da doença
Deixou as atividades
Mas conservou sua crença
E as chaves da igreja
Eram na sua presença.
Muito tempo conviveu
Suportando muita dor
Combatia com remédios
Confiando no Senhor
Só a fé fortalecia
Seu coração sofredor.
Quando alguém perguntava
Socorro estás melhor/?
Soltava um ar de sorriso
Respondia estou pior
Mas tá bom viver assim
Porque meu Deus é maior.
Partiu numa quinta-feira
Sendo no dia de reis
Oitenta e cinco incompleto
Pois no dia vinte seis
Vai comemorar no céu
Sem o bolo de vocês.
Deixou o plano terrestre
Cumpriu a sua missão
Edificou seu legado
Foi pra outra dimensão
A família toda chora
A dor da separação.
Escreveu : HELENA BEZERRA.
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