sexta-feira, 6 de novembro de 2015

UM TUMULTO INESPERADO




Dia cinco de novembro
 Assim que amanheceu
Um estrondo diferente
No alto apareceu
E o povo sobressaltado
Pro meio da rua correu.

Um helicóptero voando
Tão baixo tirando  fino
Nos tetos das moradias
Mudou do povo o destino
Acordando pra correr
Adulto velho e menino
.
O helicóptero por cima
O povo em baixo correndo
Não sabia do motivo
Que estava acontecendo
Uma hora era subindo
Outra hora era descendo

Até aquelas velhinhas
Que gostam de repousar
Correram de camisolas
Nem café pôde tomar
Afim de saber e ver
Onde ele ia pousar

Pousou perto duma praça
O povo chegou primeiro
Uma nuvem de poeira
Formou-se muito ligeiro
Espanou terra nos olhos
Do primeiro ao derradeiro

Viram que era polícia
Com fuzil em posição
Apontando para frente
Ou em outra direção
Curiosos avançando
Pra entrar no avião
.
Avançaram pra saber
O que tinha acontecido
Um policial gritou
Afasta povo atrevido
E o fecha fecha do povo
Fez o trânsito interrompido

O prefeito da cidade
Pra não ter constrangimento
Decretou facultativo
Não houve atendimento
Disse sozinho eu não fico
Vou ver este movimento

O sol quente como brasa
Suor no corpo escorrendo
 Uns calados outros gritavam
O que está acontecendo?
Será que é um bandido
Que tá aqui escondendo?

Água sobrava nas pipas
Ninguém não dava atenção
Quem ia olhar ficava
No meio da população
Um olho no policial
E outro no avião.

Ficaram até meio dia
Naquele sol causticante
A população ali
Não arredava um instante
Vendo o famoso helicóptero
E o capitão Brilhante.

Investiam novamente
Polícia nós quer saber
Porque vocês tão aqui
Os homens sem responder
Fecharam a cara dizendo
O que vocês vão querer

Este dia foi marcante
Abalou a estrutura
A massa frutuosense
Com polícia se mistura
A fim de saber o certo
Quem a policia procura.
Helena Bezerra

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