segunda-feira, 30 de julho de 2018

AUDICLÉSIO ALVES MAIA UM SONHO SE REVELANDO.

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Audiclésio Alves Maia
Um menino sonhador
Traquino e inteligente
Enérgico a todo vapor
Seu foco era ajudar
Fazia era atrapalhar
Ai pai trabalhador


Quando criança vivia
Lá no sítio Mamoeiro
Nasceu de família pobre
Onde ele é o terceiro
Os pais Maurina e Careca
Era levado da breca
Atentava o dia inteiro


Como não parava quieto
Tudo queria fazer
A sua mãe professora
Foi quem lhe ensinou ler
Sua mente não parava
Caia e se levantava
Apanhava pra valer





Com o pai ia pra roça
Cheio de disposição
Atrapalhava o serviço
Careca dava um tapão
O desgosto lhe invadia
E sua mãe prometia
Mudar a situação


Quando faltou o ensino
Naquela zona rural
Crianças iam a pé
Até chegar ao local
Aonde o estudo havia
Desistia a maioria
As vezes por passar mal


A cidade Frutuoso
Naquele tempo não tinha
Recursos pra transportar
Todo aluno a pé vinha
Também não tinha merenda
E nem comprava na venda
Ou situação mesquinha

Maurina tirou os filhos
Daquela situação
Falou com familiares
Efetuou divisão
Trouxe quatro pra cidade
Melhorou a qualidade
E a preocupação


Multiplicou os trabalhos
Para economizar
O pouco que lhes sobrava
Foi juntando até comprar
Uma casinha na rua
Pra vê a família sua
Seguindo pra estudar


Depois da casa comprada
Ela juntou os meninos
Tony,Gleibson e Aldiclésio
Uns gordos outros franzinos
Aldimeire organizava
Em todos ela mandava
Dos grandes aos pequeninos


Aldiclésio como sempre
Tinha fome de lutar
Alguém precisando dele
A demora era chamar
Todo mandado fazia
Se dinheiro recebia
Corria para gastar


Gastava só bagana
Guardava para levar
Na hora do intervalo
O seu prazer era dar
A cada um seu colega
E na hora da entrega
Ficava sem merendar


Desde sua meninice
Que guarda esta vocação
De servir sem recompensas
A qualquer um cidadão
É dádiva do criador
Lutar aplicando amor
No ato da precisão


Foi a área da saúde
Que Adiclésio escolheu
Para aplicar com garra
O que Jesus Cristo deu
A vocação do servir
E nunca vai desistir
De nenhum cliente seu


Muito novo ele ingressou
Num hospital trabalhando
Tratava bem os doentes
A cada um conquistando
Com muito zelo e carinho
Criança, adulto e velhinho
Do seu jeito ia curando


No concurso do estado
O negro foi aprovado
Muito tempo de espera
Porém quando foi chamado
Deixou a terra natal
Num hospital regional
Foi seu contrato assinado


Na cidade Mossoró
Fixou sua residência
Assumiu o seu trabalho
Mostrando eficiência
Cresceu expectativa
Integrantes da ativa
Viu a sua competência


Conquistou a amizade
Com todos os operários
Da linhagem alta e baixa
Só reclama dos salários
Além de pouco atrasado
É um descaso danado
Com todos os funcionários


Aldiclésio não suporta
O descaso da saúde
Pacientes em corredores
Gritando Deus me ajude
O pior é vê morrendo
E a família trazendo
Pra casa num ataúde


Foi por estas circunstancias
Outras que não vou citar
Aldiclésio Alves Maia
Resolveu arregaçar
Mangas e partiu pra luta
Próprio de sua conduta
O erro ir reclamar


Foi líder de sindicato
Com muita aceitação
Movimentava equipes
Chamava a população
Cada motivo esplicava
E todo mundo ficava
A par da situação


Assim ganhou confiança
Pelos atos que fazia
Mostrava a realidade
Que a saúde sofria
Robson Farias enfrentou
Tenha dó governador
Ele fez que nem ouvia


Formou caravanas e foi
Lá em Natal acampar
Foi na governadoria
Onde pôde observar
Um tratamento opressor
Assassinando o valor
De quem busca melhorar


Isto serviu de reforço
Pra Aldiclésio em tender
Que a luta vai além
Só não pode esmorecer
O forte e o otimista
Só obtém a conquista
Depois de muito sofrer.


Chegaram á conclusão
Na equipe sindical
Só temos uma saída
Pra combater este mal
É se o Maia aceitar
Uma vaga disputar
Na bancada federal


Foi favorável a resposta
Tá na constituição
É um direito assistido
A qualquer um cidadão
Conto com vocês na luta
Pra enfrentar a disputa
Naquela federação


Vou fazer minha campanha
Na base da doação
Cada um me dê seu voto
Não quero dinheiro não
Garanto que vou ganhar
Se você em mim votar
No dia da eleição.

Autora:Helena Bezerra.


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